Alfabetizar nas diferentes hipoteses de escrita.
LÁ EM CIMA DO PIANO
TEM UM COPO DE VENENO
QUEM BEBEU MORREU
E O CULPADO NÃO FUI EU
ALFABETO MÓVEL DA PARLENDA
L Á E M C I M A D O P I A N
O T E M U M C O P O D E V E
N E N O Q U E M B E B E U M
O R R E U E O C U L P A D O
N Ã O F U I E U
FRASES
LÁ EM CIMA DO PIANO
TEM UM COPO DE VENENO
QUEM BEBEU MORREU
E O CULPADO NÃO FUI EU.
POR PALAVRAS
LÁ EM CIMA DO PIANO
TEM UM COPO DE VENENO
QUEM BEBEU MORREU
E O CULPADO NÃO FUI EU
**OFEREÇO Atendimento psicopedagógico clínico, oficinas, palestras, consultoria educacional, orientações para pais, professores e gestores. email: progeninaran@hotmail.com
terça-feira, 12 de outubro de 2010
DICAS PARA AJUDAR SEU FILHO
• A criança necessita de pais presentes e de receber orientações diariamente.
• É necessário que os pais sejam referências positivas na vida dos filhos.
• Demonstre interesse pela vida escolar do seu filho.
• Acompanhe suas atividades escolares.
• Converse sobre sua rotina na escola (colegas, educadores, o que está aprendendo...)
• Olhe para seu filho, escute-o, sinta como ele está vivenciando suas descobertas, dificuldades, dúvidas, etc.
• Valorize suas conquistas e procure ajudá-lo diante dos desafios.
• Oriente-o sobre como estudar, incentive suas leituras.
• Saiba dizer “não”, colocar limites ajuda seu filho a crescer com segurança e respeito.
• Diante de alguma insatisfação em relação à escola, não transfira suas opiniões para seu filho. Procure a escola para conversar e tentar resolver a dificuldade.
• Participe das atividades curriculares e extra-curriculares promovidas pela escola.
• Ajude seu filho a enfrentar pequenas frustrações que podem surgir no dia-a-dia. É importante agir com coerência diante de seu filho.
Lembrem-se:
Os pais são educadores insubstituíveis na formação dos filhos.
domingo, 29 de agosto de 2010
ORGANIZANDO PROPOSTAS PARA A ALFABETIZAÇÃO DOS PEQUENOS
Proposta Primeiro semestre
Projetos - Livro de reescrita de contos de fadas ditado para o professor.
- Livro de brincadeiras preferidas do grupo ditado para o professor
Atividades permanentes - Escrita e leitura diárias do próprio nome e dos colegas.
- Escrita e leitura de listas de palavras de um mesmo campo semântico.
- Leitura diária de textos literários pelo professor.
- Roda de leitura e empréstimo de livros.
Sequências didáticas
- Escrita e leitura de parlendas e cantigas (ordenação, ajuste do falado ao escrito, análise e discussão com base na localização de palavras no texto).
- Leitura de várias versões do mesmo livro ou de várias obras do mesmo autor ou ainda de livros diferentes que apresentem o mesmo personagem principal (lobo, bruxa, princesa etc.).
Proposta Segundo semestre
Projetos -
Livro de reescrita de histórias do mesmo autor ou do mesmo personagem já trabalhados na sequência didática de leitura do primeiro semestre.
- Produção de uma agenda telefônica do grupo.
Atividades permanentes -
- Leitura de nomes próprios para a análise da ordem alfabética.
- Escrita e leitura de títulos de histórias conhecidas.
- Leitura pelo professor de textos informativos e literários.
- Roda de leitura e empréstimo de livros.
- Indicação literária dos livros apreciados pelo grupo.
Sequências didáticas
- Escrita e leitura de adivinhas e charadas.
- Ler para estudar características de animais, regiões, culturas, costumes etc.
1. Atividades permanentes
São essenciais para o processo de alfabetização. Por isso, devem ser praticadas diariamente ou com periodicidade definida e em horário destinado exclusivamente a elas. Incluem:
1. A leitura pelo professor, feita diariamente, em voz alta, caprichando na entonação para aumentar o interesse e tomando cuidado para variar os gêneros durante o ano: contos, cartas, notícias, poemas etc.
2. A leitura pelos alunos, feita em dias alternados com atividades de escrita, sempre tendo como objeto textos que eles conheçam de cor, como cantigas, parlendas, trava-línguas, textos informativos etc.
3. A escrita pelas crianças, feita em dias alternados com atividades de leitura, tendo como objeto a produção de listas de nomes de colegas, de frutas, de brinquedos etc., que podem ser escritas pelos estudantes com lápis e papel ou com letras móveis.
4. A produção de texto oral com destino escrito, feita em dias alternados com atividades de leitura, quando os alunos criam oralmente um texto e o ditam para o professor, trabalhando o comportamento escritor.
2. Sequências de atividades
São organizadas para atingir diversos objetivos didáticos relacionados ao ensino e à aprendizagem da leitura e da escrita. Necessariamente apresentam um nível progressivo de desafios. A duração varia de acordo com o conteúdo eleito. Pode levar dois meses ou chegar a quatro, sendo praticada duas ou três vezes por semana. Visam levar as crianças a construir comportamentos leitores associados a propósitos como ler para aprender, ler para comparar diferentes versões de uma mesma obra e ler para conhecer diversas obras de um mesmo gênero. Em um bimestre, pode ter como objetivo trabalhar a leitura de contos de autores variados. Em outro, pode eleger a leitura de seções de jornal para que a turma se habitue a outro tipo de texto.
3. Projetos didáticos
São formas de organização dos conteúdos escolares que contribuem para a aprendizagem da leitura e da escrita ao articular objetivos didáticos e objetivos comunicativos. A sequência de ações de um projeto culmina na elaboração de um produto final (um livro de receitas saudáveis para as merendeiras da escola, uma gravação em CD ou fita cassete com a leitura de poesias para alunos de Educação de Jovens e Adultos, um jornal de bairro a ser distribuído para a comunidade etc.). Pode durar todo um semestre e ter ou não conexão com o projeto didático proposto para o segundo semestre. No primeiro, por exemplo, os alunos ouvem a leitura de poesias e decidem quais farão parte de um livro escrito pelo professor (que atua como escriba) e ilustrado por eles. A destinação da obra deve ficar clara. Pode ser o acervo de livros da professora, a biblioteca da escola, a família das crianças ou colegas de outra turma. No segundo semestre, uma proposta poderia ser a leitura pelos alunos de poesias que sabem de memória para depois serem declamadas em público em um sarau organizado por eles, reunindo os pais, os estudantes e a comunidade.
Fonte Clélia Cortez, formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo
Projetos - Livro de reescrita de contos de fadas ditado para o professor.
- Livro de brincadeiras preferidas do grupo ditado para o professor
Atividades permanentes - Escrita e leitura diárias do próprio nome e dos colegas.
- Escrita e leitura de listas de palavras de um mesmo campo semântico.
- Leitura diária de textos literários pelo professor.
- Roda de leitura e empréstimo de livros.
Sequências didáticas
- Escrita e leitura de parlendas e cantigas (ordenação, ajuste do falado ao escrito, análise e discussão com base na localização de palavras no texto).
- Leitura de várias versões do mesmo livro ou de várias obras do mesmo autor ou ainda de livros diferentes que apresentem o mesmo personagem principal (lobo, bruxa, princesa etc.).
Proposta Segundo semestre
Projetos -
Livro de reescrita de histórias do mesmo autor ou do mesmo personagem já trabalhados na sequência didática de leitura do primeiro semestre.
- Produção de uma agenda telefônica do grupo.
Atividades permanentes -
- Leitura de nomes próprios para a análise da ordem alfabética.
- Escrita e leitura de títulos de histórias conhecidas.
- Leitura pelo professor de textos informativos e literários.
- Roda de leitura e empréstimo de livros.
- Indicação literária dos livros apreciados pelo grupo.
Sequências didáticas
- Escrita e leitura de adivinhas e charadas.
- Ler para estudar características de animais, regiões, culturas, costumes etc.
1. Atividades permanentes
São essenciais para o processo de alfabetização. Por isso, devem ser praticadas diariamente ou com periodicidade definida e em horário destinado exclusivamente a elas. Incluem:
1. A leitura pelo professor, feita diariamente, em voz alta, caprichando na entonação para aumentar o interesse e tomando cuidado para variar os gêneros durante o ano: contos, cartas, notícias, poemas etc.
2. A leitura pelos alunos, feita em dias alternados com atividades de escrita, sempre tendo como objeto textos que eles conheçam de cor, como cantigas, parlendas, trava-línguas, textos informativos etc.
3. A escrita pelas crianças, feita em dias alternados com atividades de leitura, tendo como objeto a produção de listas de nomes de colegas, de frutas, de brinquedos etc., que podem ser escritas pelos estudantes com lápis e papel ou com letras móveis.
4. A produção de texto oral com destino escrito, feita em dias alternados com atividades de leitura, quando os alunos criam oralmente um texto e o ditam para o professor, trabalhando o comportamento escritor.
2. Sequências de atividades
São organizadas para atingir diversos objetivos didáticos relacionados ao ensino e à aprendizagem da leitura e da escrita. Necessariamente apresentam um nível progressivo de desafios. A duração varia de acordo com o conteúdo eleito. Pode levar dois meses ou chegar a quatro, sendo praticada duas ou três vezes por semana. Visam levar as crianças a construir comportamentos leitores associados a propósitos como ler para aprender, ler para comparar diferentes versões de uma mesma obra e ler para conhecer diversas obras de um mesmo gênero. Em um bimestre, pode ter como objetivo trabalhar a leitura de contos de autores variados. Em outro, pode eleger a leitura de seções de jornal para que a turma se habitue a outro tipo de texto.
3. Projetos didáticos
São formas de organização dos conteúdos escolares que contribuem para a aprendizagem da leitura e da escrita ao articular objetivos didáticos e objetivos comunicativos. A sequência de ações de um projeto culmina na elaboração de um produto final (um livro de receitas saudáveis para as merendeiras da escola, uma gravação em CD ou fita cassete com a leitura de poesias para alunos de Educação de Jovens e Adultos, um jornal de bairro a ser distribuído para a comunidade etc.). Pode durar todo um semestre e ter ou não conexão com o projeto didático proposto para o segundo semestre. No primeiro, por exemplo, os alunos ouvem a leitura de poesias e decidem quais farão parte de um livro escrito pelo professor (que atua como escriba) e ilustrado por eles. A destinação da obra deve ficar clara. Pode ser o acervo de livros da professora, a biblioteca da escola, a família das crianças ou colegas de outra turma. No segundo semestre, uma proposta poderia ser a leitura pelos alunos de poesias que sabem de memória para depois serem declamadas em público em um sarau organizado por eles, reunindo os pais, os estudantes e a comunidade.
Fonte Clélia Cortez, formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo
terça-feira, 13 de julho de 2010
ATIVIDADES PARA OS SILÁBICOS ALFABÉTICOS
SILÁBICA *Sem valor sonoro: a criança escreve uma letra para representar a sílaba sem se preocupar com o valor sonoro correspondente
R O M T (brigadeiro)
B U D (pipoca)
A S (suco)
R (bis)
*Iniciando uma correspondência sonora: a criança escreve uma letra para cada sílaba e começa a utilizar letras que correspondem ao som da sílaba.
I T M O (brigadeiro)
P Q A (pipoca)
R O (suco)
G I (bis)
*Com valor sonoro: a criança escreve uma letra para cada sílaba, utilizando letras que correspondem ao som da sílaba; às vezes usa só vogais e outras vezes consoantes e vogais.
I A E O – B H D O (brigadeiro)
I O A – P O K (pipoca)
U O – S C (suco)
I S – B I (bis)
*Silábico em conflito ou hipótese falsa necessária: momento de conflito cognitivo relacionado à quantidade mínima de letras (BIS/ISIS) e a contradição entre a interpretação silábica e as escritas alfabéticas que têm sempre mais letras. Acrescenta letras e dá a impressão que regrediu para o pré- silábico.
B H D U L E (brigadeiro)
I O K E C (pipoca)
U O K U (suco)
I S I S (bis)SILÁBICA
*ALFABÉTICA-A criança, ora escreve uma letra para representar a sílaba, ora escreve a sílaba completa. Dificuldade é mais visível nas sílabas complexas.
B I H D R O (brigadeiro)
P I P O K (pipoca)
S U K O (suco)
B I Z (bis)
*ALFABÉTICA
A criança já compreende o sistema de escrita faltando apenas apropriar-se das convenções ortográficas; principalmente nas sílabas complexas.
A criança já compreende o sistema de escrita faltando apenas apropriar-se das convenções ortográficas; principalmente nas sílabas complexas.
.BRIGADEIRO
PIPOCA
SUCO
BIS
Essas informações são parâmetros que ajudam a compreender as hipóteses das crianças sobre o sistema de escrita e assim poder planejar e intervir intencionalmente para que avancem.
As crianças são complexas e muitas vezes não se encaixam nas “gavetinhas”, é preciso investigar, usando diferentes estratégias para conhecê-las.
As crianças são complexas e muitas vezes não se encaixam nas “gavetinhas”, é preciso investigar, usando diferentes estratégias para conhecê-las.
domingo, 2 de maio de 2010
domingo, 4 de abril de 2010
sábado, 13 de março de 2010
Outras atividades
Uma aula bem planejada, faz toda diferença na aplicação e sucesso da aprendizagem dos nossos alunos.
Segundo Ferreiro (1996, p.24) “O desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem duvida, em um ambiente social. Mas as praticas sociais assim como as informações sociais, não são recebidas passivamente pelas crianças.” Atualmente, muitos professores ainda definem erroneamente o processo de alfabetização como sinônimo de uma técnica.
De acordo com suas experiências com crianças, Ferreiro (1999, p.44-7), esquematiza algumas propostas fundamentais sobre o processo de alfabetização inicial.
- Restituir a língua escrita seu caráter de objeto social;
- Desde o inicio (inclusive na pré-escola) se aceita que todos
na escola podem produzir e interpretar escritas, cada qual em seu nível;
- Permite-se e estimula-se que a criança tenham interação com
a língua escrita, nos mais variados contextos;
- Permite-se o acesso o quanto antes possível à escrita do
nome próprio;
- Não se supervaloriza a criança, supondo que de imediato
compreendera a relação entre a escrita e a linguagem.
- Não se pode imediatamente, ocorrer correção gráfica nem
correção ortográfica.
Entretanto no processo de alfabetização inicial, nem sempre esses critérios são utilizados. Sabemos que os professores ensinam da mesma maneira como aprenderam quando eram alunos, e não aceitam os erros que seus alunos cometem.
Ferreiro (1999, p.47) afirma que “a alfabetização não é um estado ao qual se chega, mas um processo cujo início é na maioria dos casos anterior a escola é que não termina ao finalizar a escola primária”. A autora defende que, de todos os grupos populacionais as crianças são as mais facilmente alfabetizáveis e estão em processo continuo de aprendizagem, enquanto que os adultos já fixaram formas de ação e de
conhecimento mais difíceis de modificar ressalta ainda que:
*Há crianças que chegam à escola sabendo que a escrita serve para escrever coisas inteligentes, divertidas ou importantes. Essas são as que terminam de alfabetizar-se na escola, mas começaram a alfabetizar muito antes, através da possibilidade de entrar em contato, de interagir com a língua escrita. Há outras crianças que necessitam da escola para apropriarse da escrita. (Ferreiro, 1999, p.23)
A pesquisadora, assumindo ser dedicada fundamentalmente a tentar compreender o desenvolvimento das conceitualizações infantis sobre a língua escrita, afirmam que através dos resultados obtidos uma conclusão deve ser considerada as crianças são facilmente alfabetizáveis foram os adultos que dificultaram o processo de alfabetização delas. (Ferreiro, 1999, p.17)
Goodman (1980 Apud Ferreiro & Palácio, 1987, p.86). Cito alguns princípios que as crianças descobrem e aprendem a controlar à medida que desenvolvem um sistema de escrita:
- Os princípios funcionais desenvolvem-se á medida que a criança soluciona o problema de como escrever e para que escrever. A significação que a escrita tenha em seu dia a dia terá conseqüências no desenvolvimento desses principio e as funções especificam dependerão da necessidade que a criança sentira da linguagem escrita.
- Os princípios lingüísticos desenvolvem-se à medida que a criança resolve o problema da forma como a linguagem escrita esta elaborada para extrair significados na cultura. Nessas formas estão incluídas as regras ortográficas, grafo fônicas, sintáticas, semânticas e pragmáticas de linguagem escrita.
- Os princípios relacionais desenvolvem-se á medida em que a criança resolve o problema de como a linguagem escrita chega a ser significativa.
Assim, passa a compreender com a linguagem escrita representa as idéias e os
conceitos que as pessoas, os objetos no mundo real e a linguagem oral possuem
em uma determinada cultura.
Revista Científica Eletrônica de Pedagogia é uma publicação semestral da Faculdade de Ciências Humanas de Garça FAHU/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associação Cultural e Educacional de Garça – ACEG. Rua das Flores, 740 – Vila Labienópolis – CEP: 17400-000 – Garça/SP – Tel: (0**14) 3407-8000 – www.revista.inf.br
– www.editorafaef.com.br – www.faef.br.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
PALESTRAS
A TODOS INTERESSADOS EM ASSISTIR PALESTRAS INFORMATIVAS APROVEITEM ESSA OPORTUNIDADE ESSE SITE É DEMAIS.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
sábado, 20 de fevereiro de 2010
LEITURA
LEITURA PARA ENCANTAR.
Diversão garantida para os pequenos neste livro de imagens em que um ratinho guloso não consegue fazer passar pela porta de sua toca um enorme pedaço de queijo. A solução que o protagonista encontra para o problema é previsível, mas provoca boas risadas graças aos encantadores desenhos de Cláudio Martins. Enredo simples, ilustrações que mantêm o encadeamento da história, enfim, uma boa opção dentro desta categoria de livros para crianças que é tão pouco explorada.
Diversão garantida para os pequenos neste livro de imagens em que um ratinho guloso não consegue fazer passar pela porta de sua toca um enorme pedaço de queijo. A solução que o protagonista encontra para o problema é previsível, mas provoca boas risadas graças aos encantadores desenhos de Cláudio Martins. Enredo simples, ilustrações que mantêm o encadeamento da história, enfim, uma boa opção dentro desta categoria de livros para crianças que é tão pouco explorada.
Adorei ler esse livro.
UM PRESENTE PARA VOCÊ
No livro a autora mostra a animação de um menino que aprende a ler e quando aprende a ler aprende a ver. É interessante...
João, a personagem principal da história, é um menino curioso e observador, que vê
cartazes com desenhos nas lojas, mas só consegue entender alguns deles, outros (as letras), ele não entende. Começa a fazer perguntas para a mãe, que resolve matriculá-lo na escola para que João aprenda a ler.
O início da história mostra João, curioso como qualquer criança, com vontade de
descobrir o mundo e também o que significam aqueles “desenhos” que observa em todas as esquinas.
“— É o nome da rua, filho”. (p.6)
João estava tentando decifrar o código escrito! Sua mãe lhe diz:
— Meu filho, você precisa ir pro colégio, aprender a ler, aprender todas as
coisas...
— Que coisas, mãe?
— As letras, João, os números. Você vive perguntando coisas. (p.7)
Na escola, a professora mostra cartazes coloridos com as letras:
“E ela dizia: A − AVE.
E as crianças repetiam: A − AVE.
E a professora escrevia no quadro negro: A A A” (p.11).
Lá, João começa a aprender o alfabeto e, fora da escola, procura e descobre as letras
em todos os lugares: nos jornais, “[...] na caixa de sabão em pó, na pasta de dentes [...]” (p.14).
Essa descoberta vai se ampliando progressivamente até que ele consegue ler a placa com o nome da sua rua e o itinerário do ônibus que o transporta para a escola. Então ele diz ao pai que já sabe ver.
Tanto a atuação da professora como o material utilizado já dão mostras do tipo de
metodologia de leitura que a personagem professora dessa obra utiliza, baseada em uma teoria que supõe o conhecimento como algo a ser oferecido “em pequenas doses”.
Nessa história, a professora não é identificada por nome, aparece nas ilustrações e na narrativa sendo descrita da seguinte maneira: “A professora era uma moça alta, de óculos redondos. Ela mostrava às crianças uns cartazes coloridos assim [...]” (p.11). A ilustração traz um cartaz com uma letra do alfabeto e a figura de um objeto, cujo nome se inicia com a letra indicada.
Observo uma maneira fragmentada de se trabalhar a leitura, prática comum das
cartilhas, que ensinam primeiro a letra, depois a sílaba, para, então, poder chegar à palavra, com o uso exclusivo da repetição.
A professora dizia: D D D
As crianças repetiam:
D D D
E a professora ensinava
D de doce
D de dado
D de dedo
E de dourado...
As crianças, repetiam... (p.7)
Analisando essa obra noto que João, por ser uma criança curiosa, procura estabelecer
uma ligação entre o seu meio e aquilo que aprende. Na escola, porém, espaço onde deveria ocorrer a interação da criança com seus pares e com uma diversidade textual, isso não ocorre.
Percebo, em todo o texto, que a professora concebe a leitura apenas como decodificação de sinais e não como leitura-compreensão.
MARIA CECILIA RIZO PEREIRA.
No livro a autora mostra a animação de um menino que aprende a ler e quando aprende a ler aprende a ver. É interessante...
João, a personagem principal da história, é um menino curioso e observador, que vê
cartazes com desenhos nas lojas, mas só consegue entender alguns deles, outros (as letras), ele não entende. Começa a fazer perguntas para a mãe, que resolve matriculá-lo na escola para que João aprenda a ler.
O início da história mostra João, curioso como qualquer criança, com vontade de
descobrir o mundo e também o que significam aqueles “desenhos” que observa em todas as esquinas.
“— É o nome da rua, filho”. (p.6)
João estava tentando decifrar o código escrito! Sua mãe lhe diz:
— Meu filho, você precisa ir pro colégio, aprender a ler, aprender todas as
coisas...
— Que coisas, mãe?
— As letras, João, os números. Você vive perguntando coisas. (p.7)
Na escola, a professora mostra cartazes coloridos com as letras:
“E ela dizia: A − AVE.
E as crianças repetiam: A − AVE.
E a professora escrevia no quadro negro: A A A” (p.11).
Lá, João começa a aprender o alfabeto e, fora da escola, procura e descobre as letras
em todos os lugares: nos jornais, “[...] na caixa de sabão em pó, na pasta de dentes [...]” (p.14).
Essa descoberta vai se ampliando progressivamente até que ele consegue ler a placa com o nome da sua rua e o itinerário do ônibus que o transporta para a escola. Então ele diz ao pai que já sabe ver.
Tanto a atuação da professora como o material utilizado já dão mostras do tipo de
metodologia de leitura que a personagem professora dessa obra utiliza, baseada em uma teoria que supõe o conhecimento como algo a ser oferecido “em pequenas doses”.
Nessa história, a professora não é identificada por nome, aparece nas ilustrações e na narrativa sendo descrita da seguinte maneira: “A professora era uma moça alta, de óculos redondos. Ela mostrava às crianças uns cartazes coloridos assim [...]” (p.11). A ilustração traz um cartaz com uma letra do alfabeto e a figura de um objeto, cujo nome se inicia com a letra indicada.
Observo uma maneira fragmentada de se trabalhar a leitura, prática comum das
cartilhas, que ensinam primeiro a letra, depois a sílaba, para, então, poder chegar à palavra, com o uso exclusivo da repetição.
A professora dizia: D D D
As crianças repetiam:
D D D
E a professora ensinava
D de doce
D de dado
D de dedo
E de dourado...
As crianças, repetiam... (p.7)
Analisando essa obra noto que João, por ser uma criança curiosa, procura estabelecer
uma ligação entre o seu meio e aquilo que aprende. Na escola, porém, espaço onde deveria ocorrer a interação da criança com seus pares e com uma diversidade textual, isso não ocorre.
Percebo, em todo o texto, que a professora concebe a leitura apenas como decodificação de sinais e não como leitura-compreensão.
MARIA CECILIA RIZO PEREIRA.
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