sábado, 20 de fevereiro de 2010

LEITURA

LEITURA PARA ENCANTAR.




Diversão garantida para os pequenos neste livro de imagens em que um ratinho guloso não consegue fazer passar pela porta de sua toca um enorme pedaço de queijo. A solução que o protagonista encontra para o problema é previsível, mas provoca boas risadas graças aos encantadores desenhos de Cláudio Martins. Enredo simples, ilustrações que mantêm o encadeamento da história, enfim, uma boa opção dentro desta categoria de livros para crianças que é tão pouco explorada.


Adorei ler esse livro.

UM PRESENTE PARA VOCÊ





No livro a autora mostra a animação de um menino que aprende a ler e quando aprende a ler aprende a ver. É interessante...
João, a personagem principal da história, é um menino curioso e observador, que vê
cartazes com desenhos nas lojas, mas só consegue entender alguns deles, outros (as letras), ele não entende. Começa a fazer perguntas para a mãe, que resolve matriculá-lo na escola para que João aprenda a ler.
O início da história mostra João, curioso como qualquer criança, com vontade de
descobrir o mundo e também o que significam aqueles “desenhos” que observa em todas as esquinas.
“— É o nome da rua, filho”. (p.6)
João estava tentando decifrar o código escrito! Sua mãe lhe diz:
— Meu filho, você precisa ir pro colégio, aprender a ler, aprender todas as
coisas...
— Que coisas, mãe?
— As letras, João, os números. Você vive perguntando coisas. (p.7)
Na escola, a professora mostra cartazes coloridos com as letras:
“E ela dizia: A − AVE.
E as crianças repetiam: A − AVE.
E a professora escrevia no quadro negro: A A A” (p.11).
Lá, João começa a aprender o alfabeto e, fora da escola, procura e descobre as letras
em todos os lugares: nos jornais, “[...] na caixa de sabão em pó, na pasta de dentes [...]” (p.14).
Essa descoberta vai se ampliando progressivamente até que ele consegue ler a placa com o nome da sua rua e o itinerário do ônibus que o transporta para a escola. Então ele diz ao pai que já sabe ver.
Tanto a atuação da professora como o material utilizado já dão mostras do tipo de
metodologia de leitura que a personagem professora dessa obra utiliza, baseada em uma teoria que supõe o conhecimento como algo a ser oferecido “em pequenas doses”.
Nessa história, a professora não é identificada por nome, aparece nas ilustrações e na narrativa sendo descrita da seguinte maneira: “A professora era uma moça alta, de óculos redondos. Ela mostrava às crianças uns cartazes coloridos assim [...]” (p.11). A ilustração traz um cartaz com uma letra do alfabeto e a figura de um objeto, cujo nome se inicia com a letra indicada.
Observo uma maneira fragmentada de se trabalhar a leitura, prática comum das
cartilhas, que ensinam primeiro a letra, depois a sílaba, para, então, poder chegar à palavra, com o uso exclusivo da repetição.
A professora dizia: D D D
As crianças repetiam:
D D D
E a professora ensinava
D de doce
D de dado
D de dedo
E de dourado...
As crianças, repetiam... (p.7)
Analisando essa obra noto que João, por ser uma criança curiosa, procura estabelecer
uma ligação entre o seu meio e aquilo que aprende. Na escola, porém, espaço onde deveria ocorrer a interação da criança com seus pares e com uma diversidade textual, isso não ocorre.
Percebo, em todo o texto, que a professora concebe a leitura apenas como decodificação de sinais e não como leitura-compreensão.
MARIA CECILIA RIZO PEREIRA.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

MATERIAIS INTERESSANTES


Viajar pela leitura

Viajar pela leitura
sem rumo, sem intenção.
Só para viver a aventura
que é ter um livro nas mãos.
É uma pena que só saiba disso
quem gosta de ler.
Experimente!
Assim sem compromisso,
você vai me entender.
Mergulhe de cabeça
na imaginação!

Clarice Pacheco

FIQUE POR DENTRO DA REGULAMENTAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA

Leis, projetos e códigos da Psicopedagogia e outros

» Projeto de Lei 3512/08 A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou, no último dia 17, o Projeto de Lei 3512/08, da deputada Professora Raquel Teixeira (PSDB-GO), que regulamenta a atividade profissional do psicopedagogo. Pela proposta, a profissão poderá ser exercida pelo portador de diploma de graduação em Psicopedagogia, pelo diplomado em Psicologia ou Pedagogia e pelo licenciado que tiver concluído curso de especialização em Psicopedagogia. A especialização deverá ter duração mínima de 600 horas e carga horária de 80% na especialidade. Leia mais...

» Projeto de lei nº 3124/97 do Deputado Barbosa Neto (dispõe sobre a regulamentação da profissão de psicopedagogo - em tramitação no Congresso Nacional)

» Lei nº 10.891 de 20 de setembro de 2001 (autoriza o Poder Executivo a implantar assistência psicológica e psicopedagógica em todos os estabelecimentos de ensino básico público - criada a partir do projeto de lei nº 128/2000 do Dr. Claury Alves da Silva - PTB)

» Projeto de Lei n° 128/2000 do Dr. Claury Alves da Silva - PTB (estabelece a implantação de assistência psicológica e psicopedagógica em todos os estabelecimentos públicos de ensino do Estado de São Paulo)

» Resolução nº 1, de 3 de abril de 2001 (Estabelece normas para o funcionamento de cursos de pós-graduação entre eles o de psicopedagogia)

» Legislação de apoio para atendimento de crianças com dificuldades de aprendizagem

INFORMAÇÕES SOBRE PSICOPEDAGOGIA

FONTE: Web site: geocities.yahoo.com.br/simaiapsicopedagoga

1. O que é a psicopedagogia?
A Psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades, tendo, portanto, um caráter preventivo e terapêutico. Preventivamente deve atuar não só no âmbito escolar, mas alcançar a família e a comunidade, esclarecendo sobre as diferentes etapas do desenvolvimento, para que possam compreender e entender suas características evitando assim cobranças de atitudes ou pensamentos que não são próprios da idade. Terapeuticamente a psicopedagogia deve identificar, analisar, planejar, intervir através das etapas de diagnóstico e tratamento.1. Quem são os psicopedagogos?São profissionais preparados para atender crianças ou adolescentes com problemas de aprendizagem, atuando na sua prevenção, diagnóstico e tratamento clínico ou institucional.
2. Onde atuam?
O psicopedagogo poderá atuar em escolas e empresas (psicopedagogia institucional), na clínica (psicopedagogia clínica).
3. Como se dá o trabalho na clínica?
O psicopedagogo, através do diagnóstico clínico, irá identificar as causas dos problemas de aprendizagem. Para isto, ele usará instrumentos tais como, provas operatórias (Piaget), provas projetivas (desenhos), histórias, material pedagógico etc.Na clínica, o psicopedagogo fará uma entrevista inicial com os pais ou responsáveis para conversar sobre horários, quantidades de sessões, honorários, a importância da freqüência e da presença e o que ocorrer. Neste momento não é recomendável falar sobre o histórico do sujeito, já que isto poderá atrapalhar a investigação. O histórico do sujeito, desde seu nascimento, será relatado ao final das sessões numa entrevista chamada anamnese, com os pais ou responsáveis.
4. O diagnostico é composto de quantas sessões?
Geralmente faz-se o diagnóstico entre 8 a 10 sessões. O ideal é que haja duas sessões por semana.
5. E depois do diagnóstico?
O diagnóstico poderá confirmar ou não as suspeitas do psicopedagogo. O profissional poderá identificar problemas de aprendizagem. Neste caso ele indicará um tratamento psicopedagógico, mas poderá também identificar outros problemas e aí ele poderá indicar um psicólogo, um fonoaudiólogo, um neurologista, ou outro profissional a depender do caso. Ele poderá perceber também, que o problema esteja na escola, então possivelmente ele recomendará uma troca de escola.
6. E o tratamento psicopedagógico?
O tratamento poderá ser feito com o próprio psicopedagogo que fez o diagnóstico, ou poderá ser feito com outro psicopedagogo. Neste caso, este último solicitará o informe psicopedagógico para análise.Durante o tratamento são realizadas diversas atividades, com o objetivo de identificar a melhor forma de se aprender e o que poderá estar causando este bloqueio. Para isto, o psicopedagogo utilizará recursos como jogos, desenhos, brinquedos, brincadeiras, conto de histórias, computador e outras coisas que forem oportunas. A criança, muitas vezes, não consegue falar sobre seus problemas e é através de desenhos, jogos, brinquedos que ela poderá revelar a causa de sua dificuldade. É através dos jogos que a criança adquire maturidade, aprende a ter limites, aprende a ganhar e perder, desenvolve o raciocínio, aprende a se concentrar, adquire maior atenção.O psicopedagogo solicitará, algumas vezes, as tarefas escolares, observando cadernos, olhando a organização e os possíveis erros, ajudando-o a compreender estes erros.Irá ajudar a criança ou adolescente, a encontrar a melhor forma de estudar para que ocorra a aprendizagem.O profissional poderá ir até a escola para conversar com o(a) professor(a), afinal é ela que tem um contato diário com o aluno e pode dar muitas informações que possam ajudar no tratamento.O psicopedagogo precisa estudar muito. E muitas vezes será necessário recorrer a outro profissional para conversar, trocar idéias, pedir opiniões.
7. Como se dá o trabalho na Instituição?
O psicopedagogo na instituição escolar poderá:- ajudar os professores, auxiliando-os na melhor forma de elaborar um plano de aula para que os alunos possam entender melhor as aulas;- ajudar na elaboração do projeto pedagógico;- orientar os professores na melhor forma de ajudar, em sala de aula, aquele aluno com dificuldades de aprendizagem;- realizar um diagnóstico institucional para averiguar possíveis problemas pedagógicos que possam estar prejudicando o processo ensino-aprendizagem;- encaminhar o aluno para um profissional (psicopedagogo, psicólogo, fonoaudiólogo etc) a partir de avaliações psicopedagógicos;- conversar com os pais para fornecer orientações;- auxiliar a direção da escola para que os profissionais da instituição possam ter um bom relacionamento entre si;- Conversar com a criança ou adolescente quando este precisar de orientação.
8. O que é fundamental na atuação psicopedagógica?
A escuta é fundamental para que se possa conhecer como e o que o sujeito aprende, e como diz Nádia Bossa, “perceber o interjogo entre o desejo de conhecer e o de ignorar”.O psicopedagogo também deve estar preparado para lidar com possíveis reações frente a algumas tarefas, tais como: resistências, bloqueios, sentimentos, lapsos etc.E não parar de buscar, de conhecer, de estudar, para compreender de forma mais completa estas crianças ou adolescentes já tão criticados por não corresponderem às expectativas dos pais e professores.

OS SETE CABRITINHOS

Os sete cabritinhos


Era uma vez uma cabra, que morava com seus sete cabritinhos em uma linda casinha com quintal e jardim.
Naquela manhã, estavam todos assistindo televisão antes de mamãe sair para o mercado, fazer compras:
A notícia de última hora dizia:
- Cuidado: há um lobo mau solto por aí. Foi visto pela última vez fugindo para perto do rio. Todos estamos trabalhando para caçá-lo, mas até agora ele continua solto. As crianças devem ficar em casa até que ele esteja bem preso.
- Ah! Logo hoje que íamos começar nosso clube novinho lá fora!
Mamãe cabra não quis saber: falou sério com seus sete cabritinhos, e todos entenderam muito bem.
- Ninguém sai de casa hoje enquanto vou ao mercado. A porta fica fechada com a chave. Não abram para ninguém. Vocês conhecem a mamãe: quando voltar, chamarei pela janela com minha voz de sempre, e baterei de levinho no vidro com minha pata clarinha e de unhas curtas. Aprendam que o lobo mau tem um vozeirão terrível e uma pata escura enorme cheia de unhas gigantes. Muito cuidado!
- Está bem, então. Pode confiar em nós. Vamos ficar bem atentos.
E lá se foi a cabra para as compras ...
Encontrou sua amiga no caminho, e foi logo comentando como estava preocupada em sair para o mercado com aquele lobo mau solto por aí...
O que elas não sabiam, é que o lobo mau disfarçado estava ali bem pertinho escutando tudo, e pensando: "Sete cabritinhos sozinhos em casa, e eu com tanta fome!"
Correu para a casa, jogando fora seu disfarce, tentou abrir a porta, e viu que estava trancada.
- Abram a porta! Está trancada!
- Não vamos abrir nada, seu lobo bobo. A voz da mamãe é suave e macia, só vamos abrir para ela!
Então o lobo ficou furioso. Tinha que ter alguma idéia. Aqueles cabritinhos só iam abrir para a mãe, mas como enganá-los? Ahá! O lobo correu até a confeitaria, escolheu a melhor torta de maçã e mel, que engoliu inteirinha, querendo adoçar a voz. Treinou falar cantadinho como as mães dos outros.
-Abram a porta! É a mamãe!
Aquela não parecia mais a voz do lobo, e os cabritinhos ficaram em dúvida se a mãe tinha ficado com esta voz diferente. Lembrando dos conselhos recebidos, eles disseram:
- Se é a mamãe, mostre sua patinha na janela.
E o lobo, pego de surpresa, mostrou mesmo.
- Vá embora seu lobo mau! As patinhas da mamãe são bem clarinhas! E sem garras!
Então o lobo teve outra idéia: correu até o moinho e afundou as patas na farinha branquinha, para enganar os tolos.
Bateu de volta na porta, ainda adoçando a voz, e novamente foi parar com a pata na janela: desta vez ele encolheu bem as unhas:
Os cabritinhos ficaram em dúvida, olharam uns para os outros, e resolveram abrir a porta. Para que?
Foi uma correria danada, todos tentando se esconder. Tinha cabritinho escondido na ,também tinha na , na lareira, nos armários, em baixo da mesa, em toda parte. O lobo foi caçando um por um, engolindo por inteiro cada cabritinho de tanta fome que estava. Perdeu a conta de quantos cabritinhos já tinham entrado naquele barrigão cheio, e foi embora, pensando não ter deixado sobrar nenhum.
Estava enganado: apenas o cabritinho pretinho não foi encontrado em seu esconderijo:
O tic-tac tic-tac atrapalhou o ouvido do lobo, que não ouviu o coraçãozinho assustado que estava escondido lá dentro.
Quando mamãe cabra viu a porta aberta, já entrou esperando pelo pior.
-O lobo levou todos os meus filhinhos!
- Todos, não mamãe. Eu ainda estou aqui!
Os dois se abraçaram muito, e decidiram ir atrás do lobo, para ver se ainda podiam salvar os irmãozinhos.
Correram em direção ao rio, onde souberam pela TV que era o esconderijo dele. Ao chegarem perto, logo ouviram um som terrível: ROM... URM... ROM... Era o lobo roncando, dormindo sob as árvores na beira do rio.
Mamãe cabra teve uma idéia, e disse ao filho:
- Não faça nenhum barulho para não acordar o lobo. Corra com toda sua velocidade até lá em casa, e traga a cesta de costura da mamãe: veja que tenha tesoura, agulha e linhas.
O cabritinho nem respondeu: saiu correndo como o vento, e logo estava de volta com sua encomenda.
Mamãe cabra não perdeu tempo: com sua foi abrindo o barrigão do lobo enquanto ele estava dormindo. Logo foram saltando vivinhos, um por um, os seis cabritinhos que ele tinha engolido. A todos mamãe pedia silêncio. Quando todos saíram, ela disse em segredo:
- Vão procurar as pedras maiores e mais pesadas que encontrarem, mas não façam barulho, nem demorem.
Logo chegavam pedras em quantidade suficiente: mamãe colocou todas na barriga do lobo, e costurou rápido com agulha e linha. Então foram todos se esconder.
Quando o lobo acordou, sentiu a barriga muito pesada e a boca muito seca. Levantou-se com muito esforço, e quase não conseguiu ficar de pé ("foram seis ou sete cabritinhos?"). E foi se arrastando até o rio querendo beber água. A correnteza estava forte, e o lobo com a barriga cheia de pedras acabou indo parar no fundo do rio, de onde nunca mais saiu.
E todos puderam comemorar o fim do malvado, e a sorte de todos os pequenos, que agora corriam livres pelo caminho para casa, para um novo dia.


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