PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA
ATIVIDADES SELECIONADAS
ANO 02
UNIDADE 02
A ORGANIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO
E DA ROTINA NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO
NA
PERSPECTIVA DO LETRAMENTO
RELATÓRIO DO ENCONTRO PRESENCIAL
A
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Unidade 2 foi iniciada no encontro do dia
vinte e quatro de maio das dezessete as vinte e uma horas, com a leitura para
deleite do livro Grande, pequeno Autor (a): Blandina Franco Imagens: José
Carlos Lollo Embora alguns não admitam, os adultos de hoje, quando eram
crianças, fizeram “trelas” como qualquer criança. Dá para acreditar, por
exemplo, que “a nutricionista muito magricela só comia pão com mortadela”? Ao
ler a obra Grande, pequeno, o leitor vai se divertir com as situações narradas
pela autora, que revelam “segredos” de alguns profissionais, do tempo em que
eram crianças. Até mesmo a autora e o ilustrador têm suas versões “criança”
contempladas no livro. Todo o texto se constrói com rimas, e as imagens
ilustram as características dos personagens mencionados.
Discutimos a
pergunta: Porque é importante planejar o ensino de alfabetização? Dialogamos
que planejar é necessário para organizar o tempo, sistematizar o processo de
ensino aprendizagem e direcionar o trabalho. O planejamento, na realidade, é
uma ação autoformativa, que propicia a articulação entre o que sabemos, o que
fizemos e o que vamos fazer.
Segundo Gómez
(1995, p. 10), ao planejarmos, aprendemos a “construir e comparar novas
estratégias de ação, novas fórmulas de pesquisa, novas teorias e categorias de
compreensão, novos modos de enfrentar e definir problemas”.
Lemos o texto
Planejamento no ciclo de alfabetização: objetivos e estratégias para o ensino
relativo ao componente curricular Língua Portuguesa; socializamos as
experiências na organização semanal e diária da prática de alfabetização,
visando contemplar os quatro eixos do componente curricular Língua Portuguesa;
refletimos sobre as formas de planejamento que utiliza e como organizar a
rotina; relacionamos a prática desenvolvida e a obtenção dos resultados para a
apropriação dos direitos de aprendizagem pelas crianças, no 2º ano do Ensino
Fundamental;
Analisamos o
planejamento realizado no terceiro momento da unidade 1, para identificar quais
direitos de aprendizagem propostos nos quadros de História podem ser
contemplados por meio do planejamento feito; reformular o planejamento, caso
sejam pensadas algumas alterações. Ao
situarmos nosso debate nos direitos de aprendizagem e nos princípios didáticos
discutidos, consideramos que alguns tipos de recursos didáticos são essenciais
no ciclo de alfabetização:
Livros que
aproximem as crianças do universo literário, ajudando-as a se constituírem como
leitoras, a terem prazer e interesse pelos textos, a desenvolverem estratégias
de leitura e a ampliarem seus
universos culturais, tais como os
livros literários de contos, poemas, fábulas, dentre outros.
Livros que
ampliem o contato com diferentes gêneros e espaços sociais, considerando as
diferentes finalidades de leitura, tais como os livros de reflexão sobre o
mundo da ciência, as biografias,
os dicionários, os livros de
receitas, dentre outros.
Livros que
estimulem a brincadeira com as palavras e promovam os conhecimentos sobre o
Sistema de Escrita Alfabética.
Revistas e
jornais variados que promovam a diversão e o acesso a informações, tais como os
jornais, com destaque aos suplementos infantis, as revistas infantis e os
gibis.
Os livros
didáticos, que agrupam textos e atividades variadas.
Materiais que
estimulem a reflexão sobre palavras, com o propósito de ensinar o sistema
alfabético e as convenções ortográficas, tais como jogos de alfabetização,
abecedários, pares de fichas de palavras e figuras, envelopes com figuras e
letras que compõem as palavras representadas pelas figuras e coleções de
atividades de reflexão sobre o funcionamento do sistema de escrita.
Os materiais
que circulam nas ruas, estabelecimentos comerciais e residências, com objetivos
informativos, publicitários, dentre outros, como os panfletos, cartazes
educativos e embalagens.
Os materiais
cotidianos com os quais nos organizamos no tempo e no espaço, como calendários,
folhinhas, relógios, agendas, quadros de horários de todos os tipos, catálogos
de endereços e telefones, mapas, itinerários de transportes públicos etc;.
Os registros
materiais a respeito da vida da criança e dos membros de seus grupos de
convívio: registro de nascimento/batismo ou casamento (dos pais e/ou dos
parentes), boletim escolar, cartões de saúde/vacinação, fotografias (isoladas e
em álbuns), cartas ou e-mails, contas domésticas, carnês, talões de cheque, cartões
de crédito etc;.
Recursos
disponíveis na sociedade que inserem as crianças em ambientes virtuais e que
promovem o contato com outras linguagens, tais como a televisão, o rádio, o
computador, dentre outros.
Muitos desses
materiais são disponibilizados pelo Ministério da Educação e pelas secretarias
de educação. Outros são selecionados ou produzidos pelos professores.
Sem dúvida,
jamais teremos nas escolas todos os tipos de materiais possíveis para promover
o ensino no ciclo de alfabetização, mas alguns desses materiais são
extremamente importantes.
Assistimos o Programa “Alfabetização e
letramento”, da TVE.
Foram
distribuídas as tarefas de casa.
• Ler o texto 1
(Materiais didáticos no ciclo de alfabetização), da seção “Compartilhando” e
fazer um levantamento dos materiais descritos no texto que estão na escola.
Analisar os materiais e listar alguns a serem usados na turma do ano 2;
• Realizar as
atividades planejadas, contemplando conhecimentos e habilidades dos componentes
curriculares Língua Portuguesa e História;
• Escolher um
dos textos sugeridos na seção “Sugestões de leitura” e elaborar uma questão a
ser discutida pelo grupo (escolher coletivamente o texto que será discutido).
Texto escolhido: Formas de organização do trabalho de alfabetização e letramento.
FRADE, Isabel Cristina Alves da Silva. Formas de Organização do trabalho de
Alfabetização e Letramento. In: BRASIL, Ministério da Educação. Alfabetização e
letramento na infância. Boletim 09/ Secretaria de Educação Básica – Brasília:
MEC/ SEB, 2005.
O
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segundo encontro foi realizado no
dia vinte de junho das dezessete as vinte e uma horas, com o deleite do texto
TER OU NÂO TER NAMORADO, Artur Távora.
Socializamos as aulas realizadas
com base no planejamento elaborado na 1ª unidade e reformulado no primeiro
momento da unidade 2; onde cada uma de nós contou como foi realizar a
atividade.
Socializamos as
leituras e questões levantadas, discutidas no grupo, onde o meu texto Formas de
organização do trabalho de alfabetização e letramento. abordou a organização da
rotina da alfabetização e está estruturado em duas partes. Na primeira, a
autora apresenta os dois eixos que auxiliam a rotina do trabalho com a escrita
e a leitura: a criação de contextos significativos e o favorecimento do contato
com textos, com seu uso efetivo e com a análise de seus aspectos formais de
forma significativa para as crianças. Na segunda parte, a autora apresenta
algumas formas de organização do trabalho de alfabetização e letramento, dentre
elas, atividades específicas sobre os eixos do componente curricular Língua
Portuguesa; jogos e desafios; trabalho com temas; trabalho a partir da
necessidade de ler ou escrever determinado gênero de texto; organização dos
espaços de leitura e escrita na sala de aula e na escola; organização em torno
do cotidiano da sala de aula e da escola; organização por projetos de trabalho.
O artigo também faz sugestões de atividades para cada forma de organização e
orientações ao professor sobre como planejá-las e executá-las.
Lemos o texto 2
(Rotinas de alfabetização na perspectiva do letramento: a organização do
processo de ensino e de aprendizagem), analisamos o quadro de rotina com base
nas questões: A rotina semanal contempla os quatro eixos do componente
curricular Língua Portuguesa e a interdisciplinaridade? Eles estão distribuídos
de forma equilibrada e de acordo com as especificidades da turma? A rotina
semanal contempla diferentes modos de organizar o trabalho pedagógico? As
atividades propostas contemplam ações como reflexão, sistematização e consolidação
dos saberes, além de diversas formas de agrupamento dos alunos?
A sala de aula
de alfabetização deve ter o duplo objetivo: um primeiro consiste em ajudar a
criança por meio da reflexão “sobre as características dos diferentes textos
que circulam ao seu redor, sobre seus estilos, usos e finalidades” (SOARES,
2003, p.70) e um segundo, implica ajudá-la a se apropriar do sistema de
escrita, para que tenha autonomia para interagir por meio da escrita.
A organização
do tempo pedagógico garante que cada eixo de ensino seja contemplado, sendo
importante ao professor refletir sobre o que ensina, por que ensina e que tempo
(etapa e duração) precisa para ensinar o que ensina. Por meio do planejamento,
podemos refletir sobre nossas decisões, considerando as habilidades,
possibilidades e conhecimentos prévios dos alunos.
Organizando as
rotinas podemos conduzir melhor a aula, prevendo dificuldades dos alunos,
organizando o tempo de forma mais sistemática, flexibilizando as estratégias de
ensino e avaliando os resultados obtidos. O estabelecimento de rotinas na
alfabetização contribui tanto para a prática de ensino como para o processo de
aprendizagem da criança.
No planejamento
das rotinas é importante estabelecer acordos com base em planejamento e com
objetivos partilhados considerando a organização espacial e temporal para as
tarefas pedagógicas. Na organização das atividades é imprescindível pensar em:
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Para isso, o aluno deve ser
incluído no processo de planejamento para gerenciar seu tempo e atividades, ter
consciência sobre o que irá ser trabalhado, avaliado e o que precisa ser
retomado.
Portanto, para organizar as
atividades em sala de aula no atendimento à diversidade é importante pensar:
podemos organizar as atividades necessárias para cada turma dentro da rotina
diária e semanal?
Os alunos se alfabetizam só pela
leitura de textos?
É preciso reservar tempo na
rotina para ensinar linguagem oral?
Que unidades linguísticas
devemos/ podemos explorar em sala de aula?
Como podemos fazer essa
sistematização?
Com que regularidade?
Para desenvolver a compreensão da
leitura e da produção textual, precisamos refletir sobre os gêneros textuais ou
basta promover situações de leitura e de produção de textos?
Além de
diversificar as atividades, é preciso também diversificar seus modos de
organização por meio de situações didáticas em grande grupo, pequenos grupos,
duplas e de forma individual.
Assim, a
organização das aprendizagens na rotina deve priorizar a importância das
atividades permanentes e dos jogos na alfabetização como atividades diárias que
proporcionam reflexões sobre o Sistema de Escrita Alfabética, contemplando
diferentes unidades linguísticas. Além disso, o desenvolvimento de sequências e
projetos didáticos indica a importância de desenvolver práticas de leitura e
escrita, semanalmente, de forma significativa e contextualizada, atreladas aos
diferentes eixos do componente curricular Língua Portuguesa na exploração dos
gêneros orais e escritos, bem como aos diferentes componentes curriculares.
Discutimos sobre
o levantamento feito dos materiais e sobre os cuidados com a conservação,
chegando à conclusão que nem sabemos de fato quais os materiais que tem na
escola, falta comunicação e acompanhamento a respeito disso.
RELATÓRIO DOS TRABALHOS INDIVIDUAIS
Planejar, em
grupo, e socializar uma aula em que sejam exploradas atividades com o objetivo
de promover a consolidação da alfabetização utilizando um dos jogos de
alfabetização distribuídos pelo MEC.
Selecionei os
jogos a serem usados, inicialmente, fazer um levantamento das brincadeiras
conhecidas pelas crianças. Percebi que muitas delas brincam com a língua,
quando cantam músicas e cantigas de roda; recitam parlendas, poemas,
quadrinhas; desafiam os colegas com diferentes adivinhações; participam do jogo
da forca, de adedonha (também chamado de “stop ortográfico” ou “animal, fruta,
pessoa, lugar”) ou de palavras cruzadas, dentre outras brincadeiras. Ou seja,
nos professores podemos nos valer dos jogos que as crianças já conhecem e que,
juntamente com outros que podemos introduzir, ajudaram a transformar a língua
num objeto de atenção... e reflexão.
Concebendo que
a consciência fonológica é um conjunto de habilidades necessárias, mas não
suficientes para que o aprendiz se alfabetize, ao iniciar crianças pequenas em
situações que lhes permitam conviver com a escrita alfabética como um sistema
notacional, julgamos mais adequado incluir a reflexão fonológica num amplo
conjunto de atividades de “reflexão sobre o funcionamento das palavras
escritas” (MORAIS, 2006). Desse modo, os aprendizes, são ajudados a começar a
observar certas propriedades do sistema alfabético (como a ordem, a
estabilidade e a repetição de letras nas palavras), ao mesmo tempo em que,
divertindo-se, analisam as semelhanças sonoras (de palavras que rimam ou têm
sílabas iniciais ou mediais iguais) bem como examinam a quantidade de partes
(faladas e escritas) das palavras (MORAIS; LEITE, 2005). Em lugar de uma
concepção de treinamento, propomos um ensino que permita aos alunos tratar as
palavras como objetos com os quais se pode brincar e, de uma forma menos
ritualística, aprender.
O uso dos jogos
de alfabetização visa, portanto, garantir a todos os alunos oportunidades para,
ludicamente, atuarem como sujeitos da linguagem, numa dimensão mais reflexiva,
num contexto que não exclui os usos pragmáticos e de puro deleite da língua
escrita, através da leitura e exploração de textos... e de palavras.
Escolhi um jogo
de análise fonológica, Bingo dos sons
iniciais com os objetivos:
- Compreender
que, para aprender escrever, é preciso refletir sobre os sons e não apenas
sobre os significados das palavras.
- Compreender
que as palavras são formadas por unidades sonoras menores.
- Desenvolver a
consciência fonológica, por meio da exploração dos sons iniciais das palavras
(aliteração) ou finais (rimas).
- Comparar as
palavras quanto às semelhanças e diferenças sonoras.
- Perceber que
palavras diferentes possuem partes sonoras iguais.
- Identificar a
sílaba como unidade fonológica.
- Segmentar
palavras em sílabas.
- Comparar
palavras quanto ao tamanho, por meio da contagem do número de sílabas.
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